Ter um orçamento familiar é fundamental no controle das finanças pessoais, além de ser importante para toda a família.
Um orçamento familiar nada mais é do que uma ferramenta poderosa para você alcançar seus objetivos, e de toda sua família. Sim, é necessário sempre o envolvimento dos todos os membros da família para o orçamento ganhar vida, e poder sobreviver ao longo da jornada.
Utilizamos o orçamento para saber onde queremos chegar, traçando metas claras e quantificáveis em valor. Isso ajudará a identificar claramente de onde está vindo e para onde está indo o seu dinheiro. É impressionante como você ficará surpreso ao descobrir que, quando anota seus gastos, poderá enxergar para onde está indo seu recurso. Sem anotar, você poderá ficar perdido se gastou com coisas do tipo A ou B. Mas anotando, saberá exatamente onde foi parar cada gasto.
Pesquisas indicam que grande parte da população não sabe como gasta o seu dinheiro, ou o quanto é gasto em cada grupo de despesas, como alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, dívidas e juros, viagens, etc.
Se você está nesse grupo de pessoas é hora de começar a preparar o seu orçamento familiar, ou mesmo o seu orçamento pessoal. Esse orçamento vai te ajudar a:
- conhecer a sua realidade financeira;
- saber a sua relação com o dinheiro e entender seus hábitos de consumo;
- fazer o seu planejamento financeiro em busca de realizar seus sonhos;
- definir as prioridades de gasto;
- administrar imprevistos.
Pagar todos os boletos e ainda chegar ao fim do mês sem entrar no vermelho é um desafio para grande parte das famílias brasileiras. Dessa forma, o orçamento familiar ganha ainda mais importância, na medida que ele conterá a renda total e as despesas totais de toda a família.
Vamos entender os passos para elaborar o seu orçamento:
Passo 1 – Identificar os Gastos e Receitas
Em geral, é simples identificar as receitas. Na parte das despesas, liste tudo que conseguir como
- – Aluguel, água, luz, gás e condomínio;
- – IPTU, IPVA, seguros;
- – Mercado;
- – Mensalidade escolar, materiais escolares;
- – Seguro do carro, passagens de ônibus;
- – Serviços recorrentes, como: assinatura de TV, internet, plano de celular;
- – Extras como: cinema, comer fora, vestuário ou itens para a casa, por exemplo, não costumam ser comprados todos os meses, mas podem aparecer de vez em quando.
O objetivo de todo orçamento é sempre que ele seja superavitário, ou seja, as receitas superem as despesas ao ponto de sobrar algum recurso para poupar e para financiar seus desejos.
Faça a organização das despesas por categorias, como alimentação, saúde, transporte, etc. Caso exista despesas variáveis como luz e água, por exemplo, utilize valores estimados com base nas despesas passadas. Lembre daquelas despesas que aparecem de vez em quando, como presente Dia das Mães, IPTU, anualidades de conselhos de classe, entre outros.
Coloque também os compromissos já assumidos, como cheques pré-datados, prestações futuras, cartões de crédito, etc.
Passo 2 – Anotação e Utilização
Agora que você identificou os gastos, é hora de utilizar o orçamento para que ele realmente cumpra seu papel fundamental. Aqui é a hora onde a maioria acaba desistindo.
Muitas vezes é complicado e cansativo anotar toda hora os gastos, e acaba-se perdendo valores, deixando de anotar gastos que vão se repetir nos próximos meses. Você não pode deixar que isso aconteça, e manter o foco para que o orçamento não fiquei para trás.
A dica é ter sempre papel e caneta perto para anotar o gasto quando ocorrer, ou utilizar aplicativos de notas no celular. Depois ao final do dia, ou final da semana, passar tudo para a planilha que você criou ou aquele caderninho onde está o seu orçamento.
Guarde os recibos dos gastos e faça conferência do que foi anotado com seu extrato bancário. Nunca deixe um valor no seu extrato bancário sem que você tenha identificado para onde foi.
Passo 3 – Cumprir o orçamento
Último passo é cumprir aquilo que foi orçado por você. Com certeza, cumprir o orçamento exigirá um esforço para não gastar além do que foi colocado como meta. Por isso, utilize sempre metas atingíveis e deixe margem para imprevistos.
Faça ajustes no orçamento somente quando for preciso e sempre com o objetivo de alcançar os objetivos que você traçou quando começou a planejar.
Como foi dito, é necessário fazer o seu objetivo orçamentário sempre com sobra de valor, até mesmo como estímulo para prosseguir com o plano, e não haver desânimo.
Um bom plano é colocar percentuais de gastos como por exemplo:
- 60% para os gastos essenciais vida familiar;
- 10% para os objetivos de curto prazo, como comprar um livro, ir em um show;
- 10% para os objetivos de longo prazo, como uma viagem;
- 20% livre.
Caso você esteja endividado perderá esses 20% livre para pagar dívidas, e caso esteja com objetivos e sonhos cumpridos poderá utilizar os 20% livres para investir.
Vamos finalizando esse artigo e espero que você inicie agora mesmo seu orçamento familiar, lembrando que a participação de todas da família é fundamental para o sucesso do orçamento familiar. Sua família certamente tem pessoas que pensam diferente, uns poupam mais, outros gastam mais, no entanto, nessa hora todos tem que ter os mesmos objetivos. Outra dica é que o objetivo do orçamento não pode ser para beneficiar apenas um dos elementos da família. Exemplo: comprar um carro novo para uma pessoa. Nesse caso, pode não ter envolvimento de todos, pois o benefício não será comum.