Ter uma boa relação com o dinheiro não é uma tarefa fácil. Todos os especialistas são unânimes em afirmar que a relação das pessoas com o dinheiro advém do equilíbrio entre as suas necessidades e os seus desejos. Todos precisamos tirar o melhor proveito dessa relação para utilizar o dinheiro de forma mais favorável, através de escolhas mais conscientes, com o objetivo de realizar os seus sonhos.
Educação Financeira
A gestão de finanças pessoais tem o objetivo de tornar a vida da pessoa mais tranquila, encarando essa necessidade de encontrar o equilíbrio entre necessidades e desejos. Sabemos que o mundo evoluiu muito, em todos os sentidos, e o mundo financeiro também se tornou muito complexo, cheio de termos e denominações que nem sempre conhecemos e entendemos. Isso porque a educação financeira não acompanhou essa transformação do mundo.
Em geral, não temos educação financeira, algo que deveria existir desde a infância até a fase adulta. As escolas não favorecem esse tipo de conhecimento. São raras as escolas que existem que abordam esse assunto com seus alunos. Quando vamos ao mercado de trabalho a coisa segue igual. Empresas também não parecem se preocupar com esse aspecto da vida de seus funcionários. Da mesma forma, são raras as empresas que dão palestras para seus funcionários com o tema da educação financeira. Não enxergam que, muitas das vezes, funcionários desmotivados e com problemas pessoais podem estar associado a problemas financeiros em casa.
Essa falta de educação, aliada a facilidade de acesso ao crédito, leva muitas pessoas ao endividamento. Muitas vezes, leva à falência da própria pessoa física, que passa a não poder arcar com suas dívidas e responsabilidades assumidas. E esse endividamento e incapacidade de pagamento vai levar a uma situação de consumir apenas o que é necessário para sobreviver, sem ter satisfação com as coisas da vida, levando a um descontentamento de sua própria existência.
Portanto, nota-se que a influência que o dinheiro exerce sobre o nosso meio de vida é enorme. As pessoas deveriam buscar o conhecimento sobre finanças pessoais. E quanto mais cedo melhor. Isso vai levar a uma relação saudável com o dinheiro ao longo da vida.
O que muitas vezes acontece é que as pessoas acham que sabem realmente administrar o seu dinheiro, que dominam o assunto, mas muitas vezes não tem nem mesmo um orçamento rascunhado em algum papel ou planilha. Em geral até sabem quanto pagam de aluguel, escola, plano de saúde, mas não tem noção de quanto gastam de gasolina ou no mercado ao longo do mês. Isso acontece pela falta de um orçamento para controle.
Caso opte por se educar financeiramente você só terá benefícios ao longo prazo. Muitos deles relacionados com a realização de sonhos que envolve recurso financeiro, em poder enfrentar imprevistos, deixar de cair em fraudes, ou realizar outros projetos e metas.
Equilíbrio
Sabemos que é bem difícil equilibrar razão com a emoção, especialmente nessa sociedade que vivemos voltada para o consumo, onde somos bombardeados por propagandas, sempre com o objetivo de despertar nossas emoções para o consumo.
Outras vezes fazemos esse consumo para manter algum status, impressionar pessoas, isso é muito comum.
Não saber controlar as emoções é um fator crucial para perder o controle financeiro e tudo virar uma bola de neve.
Lembre-se, sempre equilibre razão com emoção.
A relação das pessoas com o dinheiro passa pelo equilíbrio, passa pelo bom senso, passa por ter em mente a ideia clara de que desejo não é necessidade.
Necessidade são as coisas indispensáveis e o dinheiro deve atender essa demanda primeiro. Depois devemos atender nossos sonhos. Um bom exemplo para ilustrar essa relação é quando queremos comprar algo que custa 400 reais, mas só temos metade no momento. A outra metade conseguiríamos juntar tranquilamente em mais 5 meses, acumulando 40 reais por mês até atingir os 200 reais que faltam. Mas não queremos esperar 5 meses para satisfazer esse consumo. O que fazemos? Compramos e esses 200 que faltavam geralmente vem em forma de juros, vamos pagar no final talvez 210, 220, mas aí não importa, porque inclusive podemos parcelar em 10 vezes com parcelas baixinhas.
Muitas pessoas só passam a cuidar das finanças quando realmente enfrentam uma crise, algo que acontece porque sempre tiveram o hábito de gastar mais no presente, comprometendo o amanhã.
Essa má administração pode prejudicar todos os lados da vida, como o social, o sentimental e o profissional. Em geral, ocorre com pessoas que não tem boa relação com o dinheiro. Pessoas que não sabem administrar, não poupam, se endividam e não tem uma reserva de emergência. Não tem prioridades e não usam o dinheiro com sabedoria.
O que fazer para melhorar sua relação com o dinheiro?
Para começar busque educação financeira, saiba a diferença entre utilizar o dinheiro para as necessidades e gastar o dinheiro com desejos.
O hábito de poupar é fundamental. Comece com 5% do que ganha. Vá aumentando até definir um percentual ótimo para sua vida.
Para iniciar com o hábito de poupar é fundamental ter a consciência que o dinheiro proporciona o ter e não o ser. Ter muita coisa não fará uma pessoa mais feliz, realizada.
Como ter uma boa educação financeira?
Tenha bons hábitos de consumo, saiba para onde vai o seu dinheiro, faça um orçamento e certifique-se de que está gastando primeiramente com suas necessidades e programando seus desejos de forma correta, para conquistá-los com o tempo e não com prazer imediato pagando juros para isso.
Já teve a sensação de comprar algo por impulso e chegar em casa e ver que nem precisava daquilo? Se respondeu sim a essa pergunta é um bom indicativo de que precisa de educação financeira.
Segundo pesquisa da Forbes, essas experiências e emoções moldam nossos valores e nossa relação com o dinheiro. Com base em nossos valores, o dinheiro pode fazer com que nos sintamos seguros ao cuidarmos de nós mesmos e de outras pessoas de quem cuidamos. Nossa alegria pode vir dos sacrifícios que fazemos com dinheiro. O dinheiro também pode nos deixar inseguros se não tivermos as coisas que queremos.
Com isso, concluímos que finanças pessoais tem muito mais relação com comportamento que com matemática. Escolhas, condutas, consumo.
Pessoas mais bem sucedidas gastam menos que ganham e gastam de forma correta, comprando o que precisam. Faça sempre a pergunta mágica: Será que eu preciso disso?
Veja se você está no caminho certo de ter uma boa relação com dinheiro:
- 1 – Você sabe o quanto gasta;
- 2 – Você poupa;
- 3 – Você planeja com um orçamento;
- 4 – Você investe constantemente.